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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Fábrica: Christina Aguilera é a voz de nossa geração?

Talento e sucesso comercial,
desde que o mundo
da música é mundo, nem
sempre andam de mãos dadas.
Podemos enumerar uma lista de
artistas talentosos que
desapareceram, e artistas de dom
duvidoso que mantém suas
carreiras por uma vida inteira.
Christina Aguilera, com “Louts”,
chega no ponto crucial de sua
estrada em que precisa de um novo
álbum como “Stripped”, “Back To
Basics” ou até mesmo “Christina
Aguilera”. Pressão de mercado a
parte, a grande voz de nossa
geração pode estar a ponto de se
tornar irrelevante para sempre. É
claro que Christina já tem um
catálogo respeitável que jamais
será esquecido. Com seu potencial
vocal indiscutível, ela surpreende e
emociona a cada apresentação ao
vivo seja no palco do Grammy ou
The Voice USA. A pergunta que fica
é: será que Christina Aguilera
conseguirá se tornar relevante para
a nova década do anos 10?
Em 2010, Christina Aguilera lançou
“Bionic”: dentre a crítica, foi
‘ruim’; no mercado, ‘mal-sucedido’;
dentre os fãs, ‘incompreendido’.
Independentemente do seu
quadrado, “Bionic” foi o maior
fracasso da carreira da cantora,
que quebrou a excelente sequência
de sucessos na qual ela vivia. Não
adianta negar que o tal álbum não
foi uma péssima tentativa em
adentrar o culto à bizarrice que o
mercado passou a apreciar. O clipe
de “Not Myself Tonight” não foi
corajoso, inovador ou original, mas
algo extremamente mal feito que
fugiu completamente do padrão de
qualidade que Christina Aguilera
sempre teve. Estas novas decisões
estratégicas destoaram do talento e
visão da cantora, que há dez anos
atrás já exaltava as mensagens de
“Firework” (Katy Perry), “We R Who
We R” (Ke$ha) e “Born This
Way” (Lady GaGa) – entre outras –
no clipe de “Beautiful”. Criou-se
uma percepção que Christina
Aguilera havia se vendido sem filtro
algum para o mercado, e destruído
toda a individualidade que a fazia
destoar de outras típicas estrelas
pop.
“Lotus” tem a missão de resgatar o
que fez Christina Aguilera ser tão
diferente e respeitada na década de
2000. O álbum vem para exaltar o
talento indisputável da cantora,
que por muitos (e inclusive por
mim) é considerada a grande voz
de nossa geração. Ninguém canta
como Christina, e dentre Britney
Spears e Justin Timberlake – seus
parceiros de Mickey Mouse Club –
ela parece ter se perdido do que a
faz tão especial para o mercado.
Espero que “Lotus” não seja mais
uma tentativa de se adequar ao
novo pop, agora com estrelas como
Adele e Kelly Clarkson ganhando
atenção por puro potencial vocal, e
que este novo álbum imprima a
identidade que a reestabelecerá
como uma grande estrela da
música em geral.

Twitter: @ThyagoMyron
Fonte: Popline

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