Prestes a completar 30 anos de
idade, a cantora Sandy está
lançando o primeiro single de seu
segundo projeto solo. “Aquela dos
30” é uma referência à nova idade
da cantora e serve como uma
reflexão acerca dos malefícios e
benefícios da chegada ao grupo dos
balzaquianos.
Desde que se separou de Júnior
Lima, a cantora se vangloria por
fazer apenas músicas que
realmente gosta e não aquilo que o
mercado pede. E isso é uma
verdade: se Sandy estivesse
desesperada por atenção ou por
números no mercado,
provavelmente estaria cantando
músicas em idiomas parecidos com
o inglês e se infiltrando na dance-
music, unicamente por estar na
moda, como muitos outros artistas,
cujos nomes prefiro não citar,
fazem.
“Aquela dos 30” é o típico single
pop nacional feito com
simplicidade e visivelmente sem
grandes pretensões. Um dos
grandes pontos positivos da canção
é que Sandy parece ter entendido
que não precisa mais provar que
sabe cantar e pode se dar ao luxo
de usar notas em tons baixos sem
perder todas as características
vocais que lhe são de praxe, como
a característica entonação
positivamente anasalada.
A letra realmente não é das
melhores. Na verdade, é o ponto
baixo da canção: “Tenho sonhos
adolescentes mas as costas doem.
Sou jovem pra ser velha e velha
pra ser jovem”. Se aos 30 anos
Sandy já está usando suas músicas
para reclamar de dor nas costas, é
preocupante imaginar o que a filha
de Xororó está cantando em suas
músicas quando estiver na casa dos
40.
Pior do que os versos acima, só
mesmo o verso final da canção que
consegue fazer uma rima pavorosa
entre “jovem” e “Bon Jovi”: “Dou
valor ao que a alma sente mas já
curti Bon Jovi. Sou jovem pra ser
velha e velha pra ser jovem”. Mas
tudo bem. Nem mesmo este
encerramento monstruoso
consegue fazer com que Sandy
perca o status de um dos maiores
nomes da música nacional de sua
geração. Agora é esperar para
saber se o EP “Princípios, meios e
fins” trará composições melhores
ou se seguirá a mesma linha de
“Aquela dos 30”.
Twitter; @ThyagoMyron
Fonte: Popline
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