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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Lady Gaga no Brasil: Em São Paulo, cantora quebra protocolos do show para cantar e provar que pode ser a Rainha

Depois de tomar muita chuva no
Rio de Janeiro, o unicórnio negro
aportou em São Paulo. A segunda
parada da "The Born This Way Ball
Tour", da Lady Gaga, no Brasil
arrastou mais de 50 mil Little
Monsters e simpatizantes para o
Estádio do Morumbi num domingo
com dia quente e noite com tempo
duvidoso.
Os shows de abertura da excêntrica
Lady Starlight e dos roqueiros do
The Darkness aumentaram a
expectativa do público que
aguardava a personalidade mais
seguida no Twitter. Passava das
21h quando a cortina caiu e o
castelo medieval eletrizado brilhou
no gramado do tricolor paulista.
Interação com o público
"Ga-Ga-Oh-La-La. Ga-Ga-le-ra.
Gagalera. Galera!", foi assim que a
cantora começou a interação com
o público logo após o número "Bad
Romance". Impressionada com o
público brasileiro, Lady Gaga não
poupou esforços para falar em
português e emocionar ainda mais
sua galera. "Eu não sou uma
mulher. Feminino. Eu não sou um
homem. Masculino. Eu sou você.",
anunciou arrancando gritos assim
como fez no Rio de Janeiro duas
noites antes.
Monstrinhos sortudos da noite
Após apresentar "Bad Kids", Gaga
senta na escada do centro do palco
e escolhe três little monsters do
Monster Pit – a área VIP da VIP
com 500 fãs que, em São Paulo, já
estava fechada na madrugada do
dia do show. Neste momento,
muitos presentes são lançados ao
palco e o que mais chamou a
atenção fora uma caixa com a
mensagem "Abra Agora". Com uma
simples carta, fãs agradeciam a
visita da novaiorquina, que leu
emocionada em voz alta. Em
seguida, ela olhou para um dos
seus assistentes e disparou: "Tenha
certeza que eles estarão no
backstage após o show".
Surpresas na setlist
A emoção dominou a "The Born
This Way Ball" com a versão
acústica de "Hair" com a presença
de três fãs ao lado da estrela de
peruca rosa. "Muito obrigado por
virem ao meu show. Tem artistas
que levam mais de 10 anos para
lotar um estádio e eu só tenho 4
anos de carreira". Outra citação
que fugiu do protocolo do show:
"Meus fãs dizem "Gaga, eu te
amo… Canta aquela música?',
'Gaga, eu te amo… pode tirar uma
foto comigo?".
"Princessa Die" entrou de surpresa
na setlist após os berros com o
título da canção. Mas a surpresa
maior veio logo em seguida com a
apresentação da não tão conhecida
"The Queen" – nunca apresentada
na turnê. Os gritos limpos com a
forte letra da canção – "Eu posso
ser a rainha, que você precisa que
eu seja. Esta é a minha chance de
ser a dança. Eu sonhei, está
acontecendo. Eu posso ser a
rainha!" – era a prova definitiva
que estamos numa nova era de
divas e a Rainha dessa geração está
rumo a Porto Alegre para sua
última apresentação no Brasil nesta
terça-feira, 13 de novembro.
Musical cansativo?
A interação demorada com os little
monsters no palco somada à
inclusão das canções "Princess
Die" e "The Queen" fez a
apresentação perder a dinâmica. A
demora da introdução para
"Americano", em que Gaga aparece
no palco com uma roupa sintética
de carne, fez aparecer o cansaço, a
fome e a vontade de ir ao
banheiro. O público se desligou do
show e só voltou a ser animado
com a etapa final – a sequência dos
hits "Poker
Face"/"Alejandro"/"Paparazzi".
Grande Final
Enfim, Gaga "mata a vadia" que é a
viúva negra de "Government
Hooker" e que deu a luz em "Born
This Way". Pronto, o reino (São
Paulo?) está conquistado. Em
"Scheiße", temos Gaga e seu
exército de dançarinos marcando o
território conquistado com uma
coreografia eletrizante. No bis,
com "The Edge Of Glory", a artista
está praticamente sem voz e se
esforça para concluir a coreografia
acrobatica – talvez, o que justifica
o fato dela sempre vomitar nos
bastidores ao longo do show.
"Marry The Night" representa para
os Little Monsters a última chance
para ter um momento único no
palco. Mais cinco fãs são
escolhidos para ouvir do ídolo uma
mensagem positiva: "Acredite em
você. Acredite em seus sonhos. Eles
podem virar realidade".
Duas horas e meia de apresentação
traz uma simples e única
conclusão: O formato do negócio
dessa moça é diferente, às avessas.
Portanto, enquanto essa proposta
funcionar, vamos ver mais divas
fantasiosas intocáveis inacessíveis
caindo num buraco obscuro e
experimentando o gosto do
fracasso. Uma dessas lança disco
essa semana sem nenhuma
expectativa.

Twitter: @ThyagoMyron
Texto: Popline

confira fotos que eu tirei em Sao Paulo























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