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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Termômetro: Girls Aloud – Something New

Ao que tudo indica (especialmente
os charts), a moda dos grupos
formados apenas por garotos ou
garotas, mundialmente conhecidos
como boybands e girlbands, está
realmente de volta. E não tem mais
jeito: uma avalanche destes grupos,
quase sempre formados em
laboratório por empresários, ainda
está por vir. Nada mais oportuno,
portanto, que acompanharmos o
retorno de alguns destes grupos
que haviam entrado em hiato por
diversos motivos.
Girls Aloud é o nome do quinteto
britânico formado por Nadine
Coyle, Sarah Harding, Cheryl,
Nicola Roberts e Kimberley Walsh,
revelado em um programa de TV e
que pode se orgulhar de deter o
título de girlband com mais singles
vendidos do século no Reino
Unido. O grupo acabou dando uma
pausa em suas atividades para que
as integrantes pudessem se
aventurar em projetos pessoais e
carreiras solo. A única das cinco
integrantes, entretanto, que obteve
êxitos individualmente, foi Cheryl,
que virou jurada do X Factor e
emplacou hits como “Fight For This
Love”.
“Something New” é o single que
marca a reunião das cantoras
depois de quatro anos separadas.
Enquanto as Spice Girls cometeram
o erro de lançar uma balada mela-
cueca como single de “retorno”, as
Girls Aloud, por sua vez, foram
suficientemente perspicazes para
lançarem uma banger-club que em
muito se assemelha às produções
mais recentes de Calvin Harris (que
atualmente também atende pelo
codinome “sucesso”).
A boa escolha é acompanhada de
um dos refrães mais fortes de toda
a boa discografia da banda. A
mensagem da canção pode, em
certos momentos, lembrar um
pouco “Run The World” de
Beyoncé. Todavia, basta uma
audição completa do single para
concluir que “Something New”
consegue fazer o que “Run The
World” não conseguiu: um hit de
auto afirmação eficiente sem cair
no ridículo.
As integrantes, por sua vez,
parecem ter sido encaixadas de
forma similar às suas carreiras
solo: Nicola Roberts, por exemplo,
é praticamente a rapper da canção
e Cheryl abusa dos vocais
autotunados. A única que
realmente aparece de maneira
diferente é Nadine: se em carreira
solo a artista conseguiu ser
completamente apagada e
ignorada, em “Something New” ela
é, definitivamente, a mais notável.

Twitter: @ThyagoMyron

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