Quando me vem em mente a
necessidade de falar sobre um
artista da atualidade que possa ser
chamado de completo, alguns
nomes me vêm à cabeça. Não
posso negar, contudo, que o
primeiro rosto a ser vislumbrado é
o da cantora P!nk. Não há, hoje em
dia, outro nome do cenário
mainstream que acompanhe sua
carreira tão de perto e que tenha
todas as habilidades artísticas que a
americana.
“Try”, é o segundo single retirado
do disco “The Truth About Love”,
sexto trabalho de estúdio de P!nk,
lançado em setembro de 2012.
Depois de um primeiro single de
qualidade questionável, a artista de
33 anos resolveu, enfim, lançar
uma canção que demonstra
claramente o que ela sabe fazer
melhor: baladas com o pé no rock
e com relevância no produto final
de sua composição. Escrita por Ben
West é Michael Busbee, a música é
alicerçada sob um arranjo em dois
volumes.
O single é, nota a nota, mantido
baixo até as entradas do refrão,
que sim, é entoado em tons
realmente altos. Jogar sua voz às
alturas parece ser a nova paixão da
artista. O mesmo foi feito no single
anterior, “Blow Me”, no qual
cruzou-se a tênue linha entre a
habilidade e o exagero vocal. O
mesmo, por sorte, não acontece
em “Try”.
Assim como a maioria dos
trabalhos já lançados por P!nk,
“Try” é um single direcionado ao
público que ao mesmo tempo gosta
de músicas marcantes e com
refrães grudentos mas não se
submete aos apelos dos
sintetizadores ou aos exageros de
sentimentalismos tão comuns nos
dias atuais.
“Try” não é um single que irá
entrar para a história. Tampouco
irá dominar os charts globais se
tornando um hit crossover. Trata-
se de um single que irá fazer com
que a imagem de P!nk conquiste
ainda mais respeito na indústria
enquanto artista e que fará com
que ela sinta orgulho, seja nos
próximos 2, 10 ou 30 anos de sua
carreira.
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